quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Grupo luso-holandês constrói em Viana fábrica de cabos para plataformas petrolíferas

Investimento de 6,5 milhões de euros vai criar 50 postos de trabalho e incrementar exportações

Um dos maiores produtores mundiais de cabos, o grupo luso-holandês Royal Lankhorst Euronete, vai investir em Viana do Castelo 6,5 milhões de euros na construção de uma fábrica que irá produzir cabos de amarração para plataformas petrolíferas do Golfo do México e do Norte da Europa. A primeira pedra desta nova unidade industrial, que vai estar integrada na área de expansão do Porto de Mar da capital do Alto Minho, nos terraplenos da margem sul do rio Lima, vai ser lançada na próxima semana, a 5 de Março, na presença do secretário de Estado do Mar, Manuel Pinto de Abreu.
O presidente do grupo Euronete, José Luís Gramaxo, explicou ao PÚBLICO que a escolha de Viana do Castelo ficou a dever-se à possibilidade de transportarem a produção por via marítima. No Alto Minho, vão ser produzidas bobines com 120/130 toneladas que “seria impossível transportar por via terrestre”. O objectivo dos investidores passa por ter a construção da nave industrial concluída ainda no primeiro semestre deste ano, para estar a laborar em pleno já no segundo semestre. Os licenciamentos, quer por parte da Câmara de Viana, quer por parte do porto de mar, já estão concluídos. Toda a sua produção , três mil toneladas de cabos por ano, estima-se, será para exportação. Os primeiros cabos terão como destino a Noruega.

O administrador do Porto de Mar de Viana do Castelo, Vasco Cameira, aplaude este investimento privado, que diz ser “um orgulho para o país”. “É um projecto com muita tecnologia incorporada, com muito know-how, muita engenharia de origem portuguesa”, revela, descrevendo a Royal Lankhorst Euronete como um grupo “discreto” mas “muito eficiente”. Cameira orgulha-se também de ser uma unidade industrial “inócua” do ponto de vista ambiental, já que, segundo garante, “não produz efluentes, nem fumos ou esgotos”.

O grupo luso-holandês, que emprega 1300 pessoas em vários países do mundo e 800 em Portugal, vai criar cerca de 50 postos de trabalho em Viana.


Publicado por Susana Ramos Martins na edição de 28 de Fevereiro de 2012 do PÚBLICO

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