O presidente do grupo Euronete, José Luís Gramaxo, explicou ao PÚBLICO que a escolha de Viana do Castelo ficou a dever-se à possibilidade de transportarem a produção por via marítima. No Alto Minho, vão ser produzidas bobines com 120/130 toneladas que “seria impossível transportar por via terrestre”. O objectivo dos investidores passa por ter a construção da nave industrial concluída ainda no primeiro semestre deste ano, para estar a laborar em pleno já no segundo semestre. Os licenciamentos, quer por parte da Câmara de Viana, quer por parte do porto de mar, já estão concluídos. Toda a sua produção , três mil toneladas de cabos por ano, estima-se, será para exportação. Os primeiros cabos terão como destino a Noruega.
O administrador do Porto de Mar de Viana do Castelo, Vasco Cameira, aplaude este investimento privado, que diz ser “um orgulho para o país”. “É um projecto com muita tecnologia incorporada, com muito know-how, muita engenharia de origem portuguesa”, revela, descrevendo a Royal Lankhorst Euronete como um grupo “discreto” mas “muito eficiente”. Cameira orgulha-se também de ser uma unidade industrial “inócua” do ponto de vista ambiental, já que, segundo garante, “não produz efluentes, nem fumos ou esgotos”.
O grupo luso-holandês, que emprega 1300 pessoas em vários países do mundo e 800 em Portugal, vai criar cerca de 50 postos de trabalho em Viana.
Publicado por Susana Ramos Martins na edição de 28 de Fevereiro de 2012 do PÚBLICO
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