Um centro de actividades ocupacionais para jovens portadores de deficiência e uma unidade de cuidados continuados de saúde vão abrir portas no próximo ano em Paredes de Coura. Os projectos nascem pela mão da Santa Casa da Misericórdia local que, no total, vai investir cerca de 2 milhões e 600 mil euros, co-financiados por Fundos Comunitários.
As duas empreitadas estão em fase de concurso, pelo que as obras deverão arrancar este ano, prevendo o provedor que fiquem concluídas em 2012. António Pereira Júnior adianta que a unidade de cuidados continuados vai ter capacidade para acolher 22 camas. Já o centro de actividades ocupacionais vai ter 20 vagas.
Os edifícios não vão ser construídos de raiz. Vão ser aproveitadas antigas estruturas da instituição, que vão ser alvo de requalificação e reconvertidos para as novas funçõees. A unidade de cuidados continuados, por exemplo, vai ser criada no antigo hospital da Misericórdia local.
“É um passo gigante na actividade da Misericórdia e nos serviços que presta à população de Paredes de Coura”, revela o provedor, que no final de 2010 foi eleito para mais um mandato à frente da instituição. E apesar de já ser provedor na Santa Casa há mais de duas décadas, Pereira Júnior parte ilusionado para este novo desafio porque “2011 vai ser um grande ano para a Misericórdia de Paredes de Coura que vai criar estas estruturas de apoio aos mais idosos e aos menos válidos”.
As obras, segundo relata, vão andar em paralelo, o que vai exigir “um esforço financeiro considerável” à irmandade.
São equipamentos que fazem falta à população de Paredes de Coura, descrita pelo provedor da Santa Casa da Misericórdia como sendo cada vez mais idosa e cada vez mais isolada. “Ficam as pessoas mais velhas em casa, os mais têm de procurar a sua sobrevivêsncia noutras paragens”, explica Pereira Júnior. E, assim, aquele município do interior do Alto Minho vai ficando cada vez mais envelhecido e, em proporção, as exigências dessa franja da população aumentam. A unidade de cuidados continuados vai procurar dar respostas ao cada vez maior número de idosos.
O centro de actividades ocupacionais vai procurar dar respostas aos jovens portadores de algum tipo de deficiência que precisam de ser acompanhados por técnicos especializados. Tal como explica António Pereira Júnior, “eles já vinham sendo acompanhados por técnicos das escolas desde o ensino primário e agora, que atingiram o limite de idade para andar na escola, têm de regressar às famílias que nem sempre estão preparadas para recebê-los”. “Neste centro vamos procurar ajudar esses jovens a tornarem-se adultos que consigam bastar-se e ter uma vida digna e confortável”, promete.
Publicada por Susana Ramos Martins na edição de Janeiro de 2011 do jornal Voz das Misericórdias
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