sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Tecmaia e Compril criam pólo empresarial em Caminha


Uma empresa de Barcelona, ligada ao sector dos curtumes, e uma outra empresa espanhola que inicialmente iria para Monção estão a estudar a instalação no pólo empresarial que a imobiliária Compril , do grupo Vida Económica, está, em parceria com o Tecmaia, a desenvolver no concelho de Caminha.
O projecto, orçado em 3 milhões de euros, está ainda em fase inicial e resulta da aquisição das instalações da antiga fábrica têxtil Regency, que fechou portas no final de 2009. O espaço tem 4000 metros quadrados, capacidade para acolher 32 empresas e um parque automóvel para 80 viaturas.

A proximidade com a Galiza e com grandes pólos industriais como o do Porriño, em Espanha, e o de Vila Nova de Cerveira, assim como os bons acessos rodoviários ditaram a escolha de Caminha para desenvolver este "ninho" de empresas que poderá dar emprego a cerca de 170 pessoas. "Em Porriño, os custos de instalação são muito elevados. As empresas portuguesas e espanholas têm, assim, em Caminha uma alternativa de localização", explica João Peixoto de Sousa, administrador do grupo Vida Económica, admitindo estarem interessados em captar "empresas que tenham uma estratégia de inovação, que prestem serviços, em especial no sector do turismo, energias e gastronomia".
"Empresas ligadas à área da logística, da operacionalidade e também dos produtos tradicionais, animação turística e indústrias criativas" interessam também a este project , como admite o director do Tecmaia, António Tavares. Este responsável sublinha que a área de abrangência do futuro pólo empresarial é a euro-região Galiza-Norte de Portugal.
A Compril entra com o investimento, o Tecmaia com o saber-fazer, dada a experiência adquirida com a reconversão da unidade da Texas Instruments em parque tecnológico, quando a empresa abandonou o país. Esta reconversão é apontada como um caso de sucesso.
Parceiros neste projecto são também a Câmara Municipal de Caminha, que já começou a contactar potenciais interessados, e o Instituto Politécnico de Viana do Castelo. Este é um parceiro estratégico, já que o director do grupo Vida Económica acredita que parte das empresas que se vão instalar no pólo empresarial serão dinamizadas por alunos e professores do Politécnico de Viana.
Por enquanto, ainda não há nenhuma empresa no "ninho", mas, segundo avança João Peixoto de Sousa, já há interessados, e a sua instalação poderá acontecer a qualquer momento.

Publicado por Susana Ramos Martins na edição de 7 de Janeiro de 2011 do jornal Público

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