quarta-feira, 30 de maio de 2012

Vinho Alvarinho continua a conquistar mercados


É um daqueles casos de sucesso que nem a crise abala. A Adega Cooperativa Regional de Monção (ACRM), no distrito de Viana do Castelo, consegue exportar 20% da sua produção, que no ano passado chegou aos seis milhões de litros de vinho verde, maioritariamente alvarinho, representando uma facturação de 12,5 milhões de euros, em 2011.


25 viticultores dos concelhos de Monção e Melgaço (os únicos onde se produz alvarinho em Portugal) fundaram a adega em 1958, com o objectivo de conseguirem escoar a produção de um néctar até então pouco procurado. Hoje são cerca de 1800 os sócios. Em 1990, por exemplo, facturava apenas 1,5 milhões de euros, no ano passado facturou 12 vezes mais. Números que registam o crescimento continuo da adega nestes 54 anos, alicerçado na , sobretudo, no vinho verde alvarinho.

“A nossa estratégia de crescimento tem a base nas nossas marcas”, explica o vice-presidente da ACRM, Armando Fontainha. O Muralhas e o Deu-la-Deu são as rainhas. E os entendidos na matéria dão-lhes razão. Ainda este mês, o alvarinho Deu-la-Deu 2011 produzido pela ACRM conquistou uma medalha de prata no Concurso Mundial de Bruxelas e uma revista inglesa, a Decanter, acaba de distinguir o Deu-la-Deu 2010 com pontuação máxima, considerando-o the best in show numa espécie de prémios mundiais do vinho.

Vinhos que irão ser experimentados em breve pelos russos, o novo mercado de exportação, que se segue a França; Estados Unidos; Angola; Moçambique,; Alemanha; Andorra e Luxemburgo. China também já está debaixo de olho.

 
A figura
 
Fernando Pimenta
 
Fernando Pimenta não adivinha o futuro, mas sabe onde vai estar na segunda semana de Agosto: em Londres, a competir nos Jogos Olímpicos. A ouvir A Portuguesa é que já será futurologia, mas se um qualquer vidente lho disser neste instante, poderá muito bem acabar por acertar. Com apenas 22 anos, o canoísta do Clube Náutico de Ponte de Lima promete ser um forte candidato ao primeiro lugar no pódio das olimpíadas, ou não fosse ele detendor de títulos como vice-campeão do mundo de maratona e velocidade em canoagem e campeão da europa na mesma modalidade. E determinação não lhe falta para fazer soar o hino português em terras de Sua Majestade.


Na bagagem, este atleta de alta competição que participa pela primeira vez nuns Jogos Olímpicos promete levar a bandeira do concelho que o viu nascer e onde começou a praticar canoagem aos 11 anos para, quando receber a medalha de ouro - como acredita! -, mostrar ao mundo que “o Alto Minho existe e tem atletas de alto nível”.

 
Publicado por Susana Ramos Martins no Jornal de Negócios de 30 de Maio de 2012

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