quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Cavalos recolhidos em Ponte de Lima já têm destino

A Quinta pedagógica de Pentieiros, em Ponte de Lima, é o destino dos quatro cavalos recolhidos desde sábado no recreio da antiga escola primária de Labruja, depois de terem andando à solta pela freguesia durante três semanas, destruindo produções agrícolas.

Fora de questão está o abate dos cavalos, que ainda não se sabe se são ou não garranos. Quem os viu apenas distinguiu na orelha um brinco amarelo sem qualquer informação sobre os proprietários. Algo que normalmente não acontece com os garranos que, por lei, estão obrigatoriamente identifi cados, até para os proprietários poderem ter acesso aos subsídios para criação desta espécie em risco de extinção.

O presidente da Associação Nacional de Criadores de Raça Garrano, António Reis, disse ao PÚBLICO que estes animais também costumam ser marcados a ferro. Neste caso de Labruja, António Reis admite duas hipóteses: ou são garranos sem registo (o que é ilegal); ou são cavalos vulgares comprados por criadores que usam estes animais exclusivamente para a produção de carne e abandonados depois de terem tido o número de crias desejado. “Compram os animais, deitam-nos para o monte e prejudicam a raça garrana, porque se cruzam com um animal que tem um património genético pré-histórico”, lamenta.

A identificação dos animais é agora a prioridade da Câmara Municipal de Ponte de Lima, que se envolveu no processo. Se os donos dos animais não forem encontrados nos próximos dias, os cavalos, garranos ou não, serão transferidos para a Quinta de Pentieiros.

Publicado por Susana Ramos Martins na edição de 24 de Novembro de 2011 do PÚBLICO

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