sábado, 27 de agosto de 2011

Vereador que renunciou ao cargo em Caminha está a ser investigado por suspeita de falsificação de documentos

Um vereador da Câmara de Caminha, que também foi eleito deputado à assembleia municipal nas listas do PSD, é objecto de um inquérito interno, instaurado pela própria autarquia, por suspeita de falsificação de um alvará de loteamento.
A denúncia foi feita por um munícipe ao adjunto da presidente da câmara no dia 8 de Agosto, mas só esta semana, depois de o assunto ter sido levado à reunião do executivo pelos vereadores da oposição PS, é que a presidente Júlia Paula Costa prometeu encaminhar também o caso para o Ministério Público.
O denunciante terá contratado os serviços do vereador para conduzir um processo de obras junto daquela autarquia. De acordo com o relato feito na reunião de câmara pelo socialista Jorge Miranda, o vereador do PSD, que chegou ao executivo por substituição, terá começado por enviar ao munícipe, via email, o alvará de construção relativo às obras em causa e, uma semana depois, ter-lhe-á entregado em mãos o “original” desse mesmo documento. O munícipe acabou por descobrir, nesse mesmo dia, ao deslocar-se à secção de obras da autarquia, que o alvará era falso, apesar de ostentar o selo branco da Câmara de Caminha. O documento em questão reportava-se a uma licença de demolição que tinha sido emitida, em tempos, para a empresa Estuário do Minho.
O vereador em causa renunciou, entretanto, ao cargo e a Câmara de Caminha está a realizar um inquérito interno para apurar os factos. A renúncia foi aprovada pelo executivo. Na mesma ocasião, a presidente da câmara afirmou que ia comunicar o caso ao Ministério Público.
Publicado por Susana Ramos Martins na edição de 27 de Agosto de 2011

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